segunda-feira, 6 de julho de 2009

Psymind

Este primeiro post de volta, será sobre festas de musica eletrônica, na atualidade, mas sem pretensão de ser o mais profundo conhecedor da causa. Motivado principalmente pelo fiasco de uma festa que foi muito boa em sua ultima edição e um fracasso nesta. Para ser mais específico, a Psymind.

Estou eu em casa, trabalhando, na minha, quando vejo - não me recordo onde - uma festa com um line-up bom o suficiente para eu passar um domingo que eu passaria em casa ou jogando uma sinuquinha com os amigos.

Chega o dia da festa, acordo às 5h, espírito preparado para a lama que eu enfrentaria na festa por conta dos últimos dias de chuva. Encontro os amigos, tomamos café e vamos para a festa. Chego às 8h, preocupado com o começo de Ananda Shake - projeto que mais me chamou a atenção no line - que entraria às 9h.

Enfrentamos uma fila bem grande - tudo bem, as festas estão ficando populares. O tempo vai passando e a água bate na bunda (já são 9h15). Escutando o que estava rolando, identifico que não é Ananda - atrasou(pensei) e pela primeira vez achei isso bom.

Entro na festa, vejo MODI tocando. Na procura de uns amigos que já haviam entrado, encontro outros e com uma rápida conversa sobre a baixa qualidade do som que já havia tocado - talvez questão de estilo - descubro o pior: Ananda Shake já havia tocado! Que falta de respeito!

Tentando me segurar para não grudar no pescoço do primeiro organizador que passasse, consciente de que isso não diminuiria minha angustia, resolvi tentar curtir a festa.

A festa continua e a cada novo "live" que entra parece mais que entraram com a programação do "energia na véia" - pela idade das músicas e não pela qualidade. Ouvi musicas que GMS, Astrix e outros, tocaram em seus primeiros lives que presenciei no Brasil (entre 4 e 5 anos atrás). E boa a qualidade, mas alguém se esqueceu de avisar aos "DJs" que o som também "evolui" com o tempo e que as basslines que comandam as festas hoje em dia são outras. O full-on prometido para festa, estava meio off.

Na outra pista, comandada por donos de festas, o Low bpm comendo solto. Pena que seja um estilo que não me agrade muito.

Extremamente irritado com a festa, só não sugeri ir embora porque meus amigos que me acompanhavam, apesar de não satisfeitos com a música também, estavam se divertindo.

Além do som que estava tocando na festa não me agradar eu não conseguia nem mexer a perna, contagiado pelo ritmo da música, pois o som estava tão baixo que não contagiava ninguém - a esta altura, observando a festa poucas pessoas se movimentavam.

Mudei de pista para ver se mudava algo e entendi o porquê do som tão baixo. Um espaço que na última festa abrigou apenas uma pista, não poderia suportar duas. Um som conflitava com o outro! (Got it!)

Ai eu entendi tudo! Mais um obrigado à organização da Psymind. Soma-se isso ao fato de uma festa com 3 vezes mais pessoas que a última ter metade dos banheiros, cerveja quente e você poder conversar sem esforço ao lado de uma caixa de som que emitia menos som que o rádio do meu quarto, estava formada a cagada.

A Salvação

Mas como tudo tem seu lado bom, eis que do meio da lama e do tempo fechado surgem Michele Adamson e o Sol!

Ela começa a entrada do set e... O som pifa e ela fala algo como: "There's a problem in the sound system" ou algo que o valha e fica puta, largando o microfone e falando um monte lá atrás... E... Até isso eles quiseram estragar!

Todo mundo nervoso, meia dúzia vaiando e a festa no mesmo ritmo que estava antes da Michele. Parada!

Mas como "Deus ajuda quem cedo madruga", Ele não me deixaria voltar pra casa deprimido. Depois de muita tentativa e discussão, o som volta a funcionar. E a Michele aliviada muda e abre o set com "Closer to Heaven" - antiga, porém ao vivo, sendo mixada e cantada na hora e não com um DJ sambando na pick-up e fazendo rock. Ela pirava na própria musica, dedicava pra galera, olhava para o público, mostrando o verdadeiro sentido de live. Ganhamos até uns minutos a mais, pois o DJ seguinte teve dificuldades para entrar.

Obrigado, Michele Adamson, por salvar meu domingo. Ela não precisava agradecer como fez na festa, nem se desculpar pelo som como fez pelo Twitter quando eu a parabenizei pelo live.

Desculpe-me pelo texto longo, mas era a única forma de dar todos os detalhes.

Se você é organizador da Psymind, tome isso como uma crítica de um "cliente". De alguém que foi na última festa de vocês e achou muito boa, mas que nessa caiu em propaganda enganosa. Não venha justificar com "teve gente que gostou", pois tem gente que gosta até do Sarney no senado e isso não significa que ele seja bom!


Quem quiser uma festa com som de qualidade e um line-up muito bom, aconselho a ir, no dia 1º de agosto, à Fantastic Six. Festa de quem entende de som (equipamento e música). Em um lugar muito bonito e próximo a São Paulo.

Por hoje é só pessoal!

Post escrito ao som de: Ananda Shake, Lamat, Intersys e é claro, Michele Adamson.

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